Intolerância alimentar – como saber se você tem? O primeiro passo da dieta perfeita

Comer aquele prato incrível e delicioso é um desafio para você? Se ocorrem sintomas diversos na ingestão de alguns alimentos pode ser que você tenha intolerância alimentar. Por isso, vamos te ajudar a como descobrir isso e qual é a melhor saída para você. 

Aqui estão as principais informações sobre intolerâncias causadas por certos alimentos, o que não tem regra, visto que não é porque um alimento é saudável que ele te faz bem. Cada pessoa tem tipos de enzimas diferentes e digerem melhor alguns tipos de alimentos. Além disso, o tipo sanguíneo pode influenciar, e muito, nessa tendência.

Há diferença nas definições de alergia alimentar e intolerância alimentar, portanto, é preciso entender qual é sua real situação, às vezes, não é nenhuma delas! 

Pode ser que você tenha apenas algumas reações adversas ao ingerir determinados alimentos que podem estar ligados a questões metabólicas ou imunológicas.

Fato é que é imprescindível realizar testes para verificar o que pode estar ocorrendo com seu organismo. 

Vamos elucidar muitas dúvidas suas sobre a intolerância e, ainda, te mostrar os principais alimentos que causam intolerância, assim como suas principais causas. Confira!

Por que fazer testes é importante

Costumo dizer que não é importante, é imprescindível!

Não me parece correto um profissional da saúde, ou pior, nós mesmos definirmos o que nos faz bem ou não, a não ser que realmente sentimos isto, ouvindo nosso corpo e suas reações. 

Dietas da moda como a low carb, paleolítica, vegana, vegetariana ou equilibrada não influenciam de forma indevida e cega na nossa alimentação. Isso tem que ser tratado e pensado de forma individual, afinal, cada um tem num organismo, não é mesmo?

Eu, por exemplo, tenho alta intolerância à ervilha, soja e principais grãos (fontes vegetais de proteína), sendo assim, pergunto: eu poderia seguir cegamente uma dieta vegana? 

Será que iria me sentir bem com ela? Claro que não. Nunca iria saber ao certo sobre minha intolerância, pois, meus sintomas não eram claros. 

Os sintomas de intolerância podem variar muito e são na maioria das vezes tardios. Hoje, sem os alimentos que tenho grau de intolerância, me sinto muito melhor em vários aspectos.

Explicamos melhor abaixo, sobre sintomas, tipos mais comuns e causas da intolerância, confira.

O que é intolerância alimentar

A intolerância alimentar, também conhecida como hipersensibilidade alimentar ou hipersensibilidade alimentar não alérgica, é a dificuldade em digerir certos alimentos.

É importante notar que a intolerância alimentar é diferente da alergia alimentar.

As alergias alimentares desencadeiam o sistema imunológico, enquanto a intolerância alimentar não. Algumas pessoas sofrem problemas digestivos depois de comer certos alimentos, mesmo que seu sistema imunológico não tenha reagido.

Os principais sintomas de intolerância alimentar

Os sintomas de intolerância alimentar demoram mais tempo a aparecer do que os sintomas de alergias. São variados e podem incluir enxaqueca, tosse e dor de estômago.

Os sintomas mais comuns de intolerância alimentar:

  • Inchaço
  • Enxaquecas
  • Dores de cabeça
  • Tosse
  • Nariz escorrendo
  • Dor de estômago
  • Intestino irritável
  • Urticária

Os tipos mais comuns de intolerância alimentar

Pode ser que você encontre reações adversas na ingestão dos mais variados alimentos, que é dado por fatores não imunológicos, como já te explicamos.

Algumas intolerâncias alimentares se dão por reações tóxicas, neuropsicológicas, metabólicas, entre outros.

Alguns dos principais tipos de intolerância alimentar são: 

  • lactose
  • sacarose
  • frutose
  • sensibilidade ao glúten
  • sensibilidade a aditivos alimentares

Esses tipos de intolerância são as mais comuns, sendo a intolerância a lactose responsável por acometer cerca de 40% da população, visto que estudos mais antigos mostram que esse número já chegou a ser cerca de 70% quando falamos da população adulta mundial.

A propósito, você sabia que o fator hereditariedade pode ser um dos causadores das intolerâncias? É isso que pode ocorrer no caso da intolerância a frutose.

Os principais alimentos ligados à intolerância alimentar

Os alimentos mais comumente associados à intolerância alimentar incluem produtos lácteos, grãos que contêm glúten e alimentos que causam o acúmulo de gases intestinais, como feijão e repolho.

Hoje, existem exames que são feitos para determinar quais alimentos estão na lista dos “intolerantes” e por tabela estão inflamando o organismo todo. (igg 221 alimentos é um tipo de exame feito no Brasil, nos eua existem algumas e boas opções).

Identificar quais alimentos são os culpados, pode levar muito tempo.

As causas mais comuns de intolerância alimentar

A intolerância alimentar é causada pela falta de uma enzima particular.

O glúten é uma das causas mais comuns de intolerância alimentar.

Pode ser difícil determinar se o paciente tem uma intolerância alimentar ou uma alergia porque os sinais e sintomas frequentemente se sobrepõem.

O início geralmente ocorre várias horas após a ingestão do alimento ou composto agressor e pode persistir por várias horas ou dias. Em alguns casos, os sintomas podem levar 48 horas para chegar.

Algumas pessoas são intolerantes a vários grupos de alimentos, dificultando aos médicos determinar se pode ser uma doença crônica ou intolerância alimentar. 

Pode haver muitas causas de intolerância alimentar, vamos ver cada uma possível causa:

1) Ausência de uma enzima

As enzimas são necessárias para digerir os alimentos completamente. Se algumas dessas enzimas estiverem ausentes ou insuficientes, a digestão adequada pode ser prejudicada.

As pessoas que são intolerantes à lactose não têm lactase suficiente, uma enzima que quebra o açúcar do leite (lactose) em moléculas menores que o corpo pode quebrar mais e absorver através do intestino. Se a lactose permanecer no trato digestivo, pode causar espasmo, dor de barriga, inchaço, diarréia e gases.

Pessoas com alergia à proteína do leite têm sintomas semelhantes àqueles com intolerância à lactose. É por isso que os indivíduos intolerantes à lactose são comumente diagnosticados erroneamente como alérgicos.

Pesquisadores do Hospital e Centro de Saúde da Mary Bridge, em Tacoma, Washington, descobriram que a intolerância à frutose é comum em crianças com dor abdominal recorrente ou funcional.

Quase todos os alimentos requerem uma enzima para uma boa digestão. De acordo com a British Allergy Foundation, as deficiências enzimáticas são uma causa comum de intolerância alimentar.

2) Causas químicas de intolerância alimentar

Determinados produtos químicos em alimentos e bebidas podem causar intolerância, incluindo aminas em alguns queijos e cafeína no café, chá e chocolates. Algumas pessoas são mais suscetíveis a esses produtos químicos do que outras.

3) Intoxicação alimentar – toxinas

Alguns alimentos têm substâncias químicas naturais que podem ter um efeito tóxico nos seres humanos, causando diarréia, náusea e vômitos.

Feijões mal cozidos têm aflatoxinas que podem causar problemas digestivos extremamente desagradáveis. Feijões totalmente cozidos não têm a toxina. Assim, as pessoas podem se perguntar por que reagem ao feijão depois de uma refeição e não depois da outra.

Deixar os grãos e leguminosas de molho em água filtrada ajuda, e muito, a liberação de gases é na água ao invés de dentro do nosso corpo.

4) Ocorrência natural de histamina em alguns alimentos

Alguns alimentos, como peixes, quando não armazenados adequadamente podem ter um acúmulo de histamina quando “apodrecem”. Várias pessoas são particularmente sensíveis a essa histamina natural e desenvolvem erupções cutâneas, cólicas abdominais, diarréia, vômitos e náusea.

Muitas vezes, os sintomas são semelhantes à anafilaxia (uma forte reação alérgica).

5) Salicilatos estão presentes em muitos alimentos

A intolerância ao salicilato, também conhecida como sensibilidade ao salicilato, ocorre quando alguém reage a quantidades normais de salicilato ingerido.

Os salicilatos são derivados do ácido salicílico, que ocorre naturalmente nas plantas como um mecanismo de defesa contra bactérias, fungos, insetos e doenças nocivas.

Os produtos químicos são encontrados em muitos alimentos e a maioria das pessoas pode consumir alimentos contendo salicilatos sem quaisquer efeitos adversos. No entanto, algumas pessoas sofrem sintomas depois de comer grandes quantidades. 

Indivíduos intolerantes ao salicilato devem evitar alimentos que contenham níveis elevados.

Salicilatos estão presentes na maioria dos alimentos de origem vegetal, incluindo a maioria das frutas e legumes, especiarias, ervas, chá e aditivos de sabor. Aroma de menta, molho de tomate, frutas vermelhas e frutas cítricas têm níveis particularmente altos.

Alimentos processados ​​com aditivos de sabor são geralmente ricos em salicilatos também.

Aditivos alimentares e intolerância

A carne processada pode conter nitratos que são a fonte de intolerâncias alimentares de algumas pessoas.

A intolerância a aditivos alimentares é um problema crescente nos últimos trinta anos, porque mais e mais alimentos contêm aditivos.

Mesmo assim, não se estima que a intolerância a aditivos alimentares afete mais de 1% das pessoas.

Os aditivos são usados ​​para melhorar os sabores, fazer com que os alimentos pareçam mais atraentes e aumentar sua vida útil. Exemplos de aditivos alimentares incluem:

  • Antioxidantes
  • Corantes artificiais
  • Aromas artificiais
  • Emulsificadores
  • Potenciadores de sabor
  • Conservantes
  • Adoçantes

Os seguintes aditivos alimentares são conhecidos por causar reações adversas em pessoas:

  • Nitratos – conhecidos por causar prurido e erupções cutâneas. As carnes processadas são geralmente ricas em nitratos e nitritos.
  • MSG (glutamato monossódico) – usado como um realçador de sabor. Conhecido por causar dores de cabeça.
  • Sulfitos – usado como conservante ou potenciador de alimentos. Comumente usado em vinhos. Nos Estados Unidos e na União Européia, os vinhos engarrafados depois de 1987 e 2005, respectivamente, devem declarar em seus rótulos se contêm sulfitos em mais de 10 partes por milhão. Um estudo alemão descobriu que cerca de 7% das pessoas têm intolerância ao vinho.
  • Algumas colorações – especialmente carmim (vermelho) e urucum (amarelo).

Qual a diferença entre alergia e intolerância alimentar

Não é fácil determinar se alguém tem intolerância alimentar ou alergia porque os sinais e sintomas frequentemente se sobrepõem. Certos padrões nos sintomas podem ajudar o médico a distinguir entre os dois. 

Na grande maioria dos casos, os sintomas de intolerância alimentar levam muito mais tempo para aparecer do que as alergias alimentares.

Os pacientes são aconselhados a manter um diário e anotar quais alimentos são comidos, quais são os sintomas e quando eles aparecem. Os dados do diário podem ajudar um nutricionista ou médico a identificar quais alimentos estão causando reações adversas e quais medidas devem ser tomadas.

Testes de picada de pele não são 100% confiáveis.

Além da intolerância à lactose e doença celíaca, não há teste 100% preciso e validado para identificar a intolerância alimentar. A melhor ferramenta diagnóstica é uma dieta de exclusão, também conhecida como dieta de eliminação ou diagnóstica.

A intolerância a alimentos consumidos com regularidade pode resultar em reações adversas entre si. Quando isso ocorre, é difícil identificar quais alimentos são os culpados. Existe um risco maior de que uma condição crônica ou doença seja erroneamente diagnosticada.

Dietas de exclusão são extremamente úteis para isolar os alimentos culpados

Em uma dieta típica de exclusão, o alimento suspeito é removido da dieta por um período determinado, geralmente entre 2 semanas e 2 meses. Se durante este período as reações adversas se resolverem, é provável que o culpado tenha sido encontrado. Isso pode ser confirmado se for reintroduzido e os sintomas retornarem.

O médico pode recomendar um teste cutâneo e / ou um exame de sangue para descartar uma alergia alimentar:

Teste cutâneo de puntura

determina a reação do paciente a um alimento específico. Uma pequena quantidade do alimento suspeito é colocada nas costas ou no antebraço do paciente. A pele é picada com uma agulha, permitindo que parte de sua substância penetre abaixo da superfície da pele. Pessoas alérgicas reagirão com um aumento de relevo. No entanto, os testes cutâneos não são 100% confiáveis.

O melhor tratamento atual para a intolerância alimentar é evitar certos alimentos ou comer com menos frequência e em menor quantidade, além de tomar suplementos que possam ajudar na digestão.

Algumas pessoas pensam que, se ficarem fora do alimento específico por algum tempo, elas não reagem quando voltam a comer – isso é conhecido como tolerância. Manter a tolerância é muitas vezes uma questão de saber quanto tempo se deve abster e quanto dela comer quando é reintroduzida.

Como cada pessoa reage de maneira diferente, a única maneira de determinar isso é por tentativa e erro.

CONCLUSÃO

Muitas vezes temos sintomas variados após a ingestão de alimentos específicos que podem acontecer por conta ou de intolerância, ou de alergia alimentar. Te mostramos como você pode descobrir isso e, dessa forma, você pôde perceber a importância de uma dieta adequada às suas necessidades!

Evite ir aderindo a qualquer dieta nova que promete resultados incríveis e milagrosos sem que antes você entenda melhor o seu próprio organismo.

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